quarta-feira, 29 de abril de 2009

Coisas do Meu Pais - Parte I

Um passeio pelo meu, nosso País: Saída madrugadora de Setúbal em direcção ao primeiro destino do dia a aldeia de Nª Srª. de Guadalupe para visitarmos o Cromeleque de Almendres: "O recinto megalítico dos Almendres, um dos maiores monumentos públicos da humanidade, constitui o maior conjunto de menires estruturados da Península Ibérica e é um dos mais importantes da Europa. Este monumento megalítico inicialmente era constituído por mais de uma centena de monólitos. A sua escavação permitiu a detecção de várias fases construtivas ao longo do período Neolítico (V e IV milénios a. C.), até alcançar aspecto semelhante ao hoje apresentado. 92 menires com diferentes formas e dimensões, desde pequenos blocos rudemente afeiçoados, outros maiores que deram ao local o nome de Alto das Pedras Talhas. Formaram dois recintos erguidos em épocas distintas, geminados e orientados segundo as direcções equinociais. Uma dezena de monólitos está decorada exibindo relevos ou gravuras. Foi um monumento com funções religiosas e, provavelmente um primitivo observatório astronómico.", in Guia da Cidade

seguindo-se o Menir de Almendres:
"Localizado próximo do Cromeleque, este isolado Menir de grandes dimensões apresenta no terço superior uma decoração composta por báculo e faixa de linhas onduladas.
Com cerca de 3,50 m de altura, este Menir foi reerguido pelo actual proprietário dos terrenos, mas supõe-se que o local não deveria ser muito afastado do original.", in Guia da Cidade

À saída da povoação de Nª Srª de Guadalupe, passamos pela Igreja Matriz:

"A Igreja, dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe, data do início do século XVII, como se comprova pela coexistência de elementos maneiristas numa estrutura com características marcadamente rurais. A fachada principal está orientada para sul, enquanto as duas fachadas laterais são suportadas por contrafortes, com janelas de alisares direitos.
O interior é de nave única. A capela-mor, de planta quadrangular, é a parte mais interessante do monumento em termos artísticos, como revela o "retábulo fingido", reproduzindo cenas da vida da Virgem de Guadalupe. A nave, coberta por abóbada em berço, encontra-se revestida de pinturas murais. Dispostas em painéis redondos e quadrangulares, representam figuras de santos, avulso.
A cobertura, tal como a sacristia, coberta por uma abóbada de meio-canhão, é adornada por interessantes pinturas murais.
Em 1941, depois do ciclone que assolou a região no mês de Fevereiro, este templo religioso ficou em estado bastante crítico, a pesar o facto de ter sido alvo de profanação.
Anos depois, a Câmara Municipal de Évora ordenou que fosse recolhido todo o espólio da Igreja, a fim de o levar para um nova igreja que estava a ser construída na Azaruja. Na década de 60, por intermédio da Câmara Municipal de Évora, em colaboração com a Mitra eborense, procedeu-se a algumas obras de consolidação estrutural e à remoção de dois alpendres romeiros do século XVII.", in Freguesia Nossa Senhora de Guadalupe.

A caminho de Mourão a passagem pela Igreja Matriz de Reguengos de Monsaraz:

"O exterior é marcado por grandes arcobotantes e pela torre sineira, o que a torna num dos

melhores exemplos de igrejas neogóticas em Portugal.Esta igreja teve as suas raízes históricas no ano de 1887, com a determinação da Junta da Paróquia de Reguengos de edificar um templo em terrenos dos Novos Paços do Concelho. Dedicada a Sto António, foi encomendado o projecto ao Arquitecto António José Dias da Silva (autor da Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa) resultando o edifício com características do espírito romântico da época gótico-manuelina.Mais tarde, na sequência do Concílio Vaticano II, sofreu obras de adaptação à ordenação determinada pela reforma litúrgica.De planta em cruz latina, com a torre sineira colocada a meio da fachada. O seu interior é composto por 3 naves, transepto saliente e na zona da cabeceira apresenta 3 capelas.O corpo da nave ritmado por gigantes arcobotantes, assim como a construção da torre a meio da frontaria, conduzem este templo a um dos melhores exemplares da arquitectura neo-gótica em Portugal.", in Município de Reguengos de Monsaraz.

Chegada ao Castelo de Mourão:

"Sobre Mourão não há dados que atestem a sua ocupação até à reconquista cristã da Península Ibérica, também não há certezas quanto à data da construção do castelo, todavia é certo que após passar para o domínio português, foi entregue à Ordem dos Hospitalários.

Por outro lado, há quem considere que no reinado de D. Sancho II, por volta de 1226, possa ter ocorrido a sua construção, mas podem ter sido apenas feitas melhorias nas suas defesas, melhorias que terão ocorrido também no reinado de D. Dinis, que renovou o foral da vila, já concedido por D. Sancho II e D. Afonso III.

O período do domínio filipino, marca Mourão com a sua adesão à causa de Espanha, todavia quando foi declarada a Restauração da Independência, em 1640, este castelo foi um dos primeiros aderir à causa portuguesa.

À semelhança de outras fortificações, sobretudo na zona fronteiriça, este castelo foi remodelado

durante a Guerra da Restauração da Independência, para poder funcionar com artilharia, para o que foram construídos baluartes e os chamados revelins, muralhas com um ângulo muito acentuado, dando à planta da fortaleza a forma de estrela.

Foi também atingido pelos efeitos do terramoto de 1755, no interior da cerca ainda há os vestígios da Casa da Guarda e dos antigos Paços do Concelho, está classificado como Imóvel de Interesse Público, desde 1957.", in Guia da Cidade

Junto ao castelo, encontra-se também a Igreja de Nossa Senhora das Candeias, " A construção da actual igreja de Nossa Senhora das Candeias resultou da determinação régia de D. Pedro II, de 20 de Fevereiro de 1681. Foi encarregado de proceder à projecção da obra o eng. D. Diogo Pardo de Osório. A Igreja Matriz de Nossa Senhora das Candeias, com assentamento na fortificação seiscentista, revela um estilo marcadamente barroco. De planta rectangular, com fachada a apontar a sul, entra-se num pórtico metido em arco redondo e lavrado em mármore branco, com lintel e frontão cortado, integrando as armas reais de Portugal ladeadas pela cruz de Avis, e pela Virgem e o Menino, na parte superior.No seu interior, o templo apresenta uma ampla nave com quatro altares laterais (Capela das Almas, S. João Baptista, S. Pedro e Capela do Santíssimo Sacramento) e cabeceira de três capelas. A capela-mor, com elevado arco triunfal, construído no cimafronte por pintura mural que preenche todo o espaço até à abóbada. O altar-mor mostra um retábulo de talha polícroma, de fustes salomónicos.

Com o terramoto de 1 de Novembro de 1755, a Igreja Matriz sofreu profundos estragos, entre eles o desabamento da abóbada. No século XX, em finais da década de 60 e princípios da década de 70, realizaram-se grandes obras de restauro.", in Câmara Municipal de Mourão

Com Monsaraz à vista,

para lá acertamos o rumo:

Chegados ao Castelo de Monsaraz:

"O castelo de Monsaraz é suposto ter sido edificado por D. Dinis, em 1310, sobre uma estrutura defensiva já existente, que terá começado por um castro pré-histórico e mais tarde por construções romanas, visigóticas e árabes.

Na época da Reconquista Cristã da Península Ibérica, no reinado de D. Afonso Henriques, este castelo foi conquistado mas voltaria a cair na mão dos muçulmanos, para só no reinado de D. Sancho II, em 1232, passar definitivamente para a posse portuguesa.

Nesta reconquista participaram os Cavaleiros da Ordem do Templo, a quem D. Sancho II doou o castelo e seus domínios. Com a extinção desta Ordem, o castelo passou para a Ordem de Cristo e já no reinado de D. Dinis, foi construída a Torre de Menagem, que ainda hoje domina a paisagem.

Durante a Guerra da Restauração, o castelo foi adaptado para as novas realidades da guerra, com a criação de suportes para a artilharia.
Hoje, está classificado como Mon


umento Nacional, é um miradouro privilegiado sobre a Barragem do Alqueva.", in Guia da Cidade.



Hora do Almoço: Migas de Espargos com Entrecosto, MARAVILHA!!!!!


Agora é hora de andar mais um pouco, conhecero resto da vila,

Igreja Matriz de Santa Maria da Lagoa, contemporânea do repovoamento cristão da vila. Foi sempre o templo mais importante da povoação, e a referência mais antiga que se lhe conhece data do tempo de D. Dinis. A construção actual data do século XVI, possuindo um altar-mor em boa talha dourada com duas grandes esculturas em madeira de Santo Agostinho e de Santa Mónica, oriundas do antigo Convento dos Agostinhos Descalços da Orada. O elemento mais importante que a igreja guarda no se u interior é, no entanto, o túmulo de Gomes Martins Silvestre, cavaleiro templário e povoador de Monsaraz.


Depois de completada a visita a Monsaraz, hora de prosseguir viagem:

Destino seguinte, Convento da Orada:

"Situado perto da Aldeia doTelheiro, no coração da planície Alentejana, a construção do Convento da Orada teve início em 1700, tendo na altura ficado inacabado até ser finalmente inaugurado em 1741.
Este Convento albergou
até aos princípios do séc. XIX a Ordem dos Agostinhos Descalços.

Recuperado pela “Fundação Convento da Orada“ (orientada para a Salvaguarda do Património Arquitectónico, Cultural e Artístico) que aqui implementou uma escola, o Convento da Orada está hoje também adaptado a Hotel Rural e conta igualmente com um Museu Arqueológico e diversas salas para exposição ou eventos.", in Guia da Cidade.


Este ultimo ponto penso que já não se verifique, pois o local parecia abandonado!



Mesmo ali ao lado encontra-se o Cromeleque do Xerez:

"Identificado em 1969, este cromeleque de planta algo singular no denominado "universo megalítico eborense" – quadrangular –, foi erguido
entre os inícios do 4.º e meados do 3.º milénio a. C..

Desenvolvendo-se a partir de um menir central faliforme, com uma altura de cerca de 4 m e apresentando numa das suas faces diversas "covinhas" em toda a sua verticalidade, este

monumento megalítico é constituído por 50 menires, cuja altura varia entre 1,20 cm e o 1,50 cm, alguns dos quais de configuração igualmente fálica, bem como almendrada.

Apesar de no mesmo ano de 1969, este cromeleque ter sido sujeito a uma intervenção que visou a sua reconstituição original, ela não seguiu critérios propriamente científicos, baseando-se o autor da sua recomposição – José Pires Gonçalves –, no pressuposto de que as "covinhas" presentes num dos menires representariam a sua disposição original.

Entretanto, a maioria destes menires encontra-se fracturada, apresentando apenas a parte superior.

Trata-se do único monumento transferido em toda a área do regolfo de Alqueva, tendo sido reinstalado em 2004.", in Municipio de Reguengos de Monsaraz

Inicia-mos então a viagem de regresso, mas ainda faltavam realizar algumas visitas:

Menir da Bulhôa:

"Este menir granítico terá sido executado entre os inícios do 4.º e os meados do 3.º milénio a.C., inserindo-se na baliza cronológica geralmente atribuída ao denominado "universo megalítico eborense".Localizado numa área de intersecção de uma zona rural e urbana, muito perto da localidade de Monsaraz, embora isolada e destacadamente, como será apanágio destas edificações pré-históricas, ele foi encontrado derrubado em 1970 e já sem a sua base, entretanto reutilizada para outros fins utilitários.

Datará dessa mesma altura o restauro desta base que permitiu recolocar o menir na sua eventual posição original, apesar do seu topo permanecer fracturado.

De forma fálica, este menir tem cerca de 4 m de altura e 1 de diâmetro, encontrando-se profusamente decorado com gravuras, representan

do motivos solares, um báculo, além de linhas quebradas, onduladas, serpenteadas e ziguezagueantes.", in Municipio de Reguengos de Monsaraz


Menir do Outeiro:

Encontrado tombado em1964,o Menir do Outeiro foi então reerguido e restaurado, constando hoje como um dos maiores Menires de Portugal, com 5,60 metros de altura.
De acordo com estudos arqueo
lógicos, este Menir granítico, também conhecido como “Penedo Comprido”, teria funcionado, até épocas não muito longínquas, como objecto de rituais de fertilidade, por parte das populações locais.
O Menir do Outeiro está localizado a Norte da estrada que liga as aldeias do Outeiro (a cerca de 300m) e da Barrada, acerca de 5 Km de Monsaraz.




Rocha dos Namorados e a Ermida de Nossa Senhora do Rosário:

O Menir da Rocha dos Namorados ou Rocha dos Namorados localiza-se na freguesia do Corval.

Trata-se de um menir constituído por um bloco de granito natural, com cerca de dois metros de altura, que apresenta uma forma semelhante à de um cogumelo ou de um útero.

Esta rocha está associado um secular rito de fertilidade, que consiste em: as raparigas em idade de contrair matrimonio, vão consultar a rocha (como se de um oráculo se tratasse), para saberem quanto tempo ainda falta para se efectivar o casamento. Para esse efeito atiram para cima do menir, uma pedra. Se essa pedra não ficar em cima da rocha e cair ao solo, representa que têm de esperar mais um ano para o casamento. Esta consulta à rocha dos namorados, era feita geralmente na Segunda Feira de Páscoa.

Entre a Ermida de Nossa Senhora do Rosário e a aldeia do Mato (actual São Pedro do Corval), era habitual fazer-se uma procissão em época de seca. Essa procissão passava junto à Rocha dos Namorados.

Anta 2 do Olival da Pêga:

Situada a cerca de 14 km de Reguengos de Monsaraz, próximo da povoação do Telheiro, encontra-se a Anta 2 do olival da Pega, que segundo estudos arqueológicos, teria sido utilizada como complexo funerário, incluindo, além do dólmen, 4 áreas funerárias anexas.
A Anta 2 do olival do Pega ainda não foi totalmente escavada, sabendo-
se que terá sido construída entre 3500 e 3000 a.C, e que aqui estariam sepultadas cerca de 118 pessoas.
O espólio recolhido, cerca de 134 placas de xisto e 200 vasos cerâmicos, mostra que este dólmen foi uma vasta necrópole colectiva.


Castelo de Valongo:

De origem muçulmana, o castelo de Valongo terá sido conquistado na sequência das campanhas de reconquista cristã da Península Ibérica, depois da tomada de Évora em 1165.

No século XV, esta fortificação foi reconstruída, atribuindo-se a essa época a construção da Torre de Menagem.

Classificado como Monumento Nacional, encontra-se em ruínas.




E por fim a última vísita do dia, O Castelo de Montemor-o-novo:


O Castelo de Montemor-o-Novo é o recinto original da Vila medieval de Montemor-o-Novo. Conquistado aos Mouros por D . Afonso Henriques. D. Sancho I concedeu-lhe o 1.º Foral em 1203. A muralha terá sido reconstruída no reinado de D. Dinis. Nos séculos XIII e XIV administrava as freguesias urbanas todas com sede no interior do castelo: Sta. Maria do Bispo, Sta Maria da Vila, S. João e S. Tiago.
Progressivamente abandonado pela população a partir do Séc. XV; o Castelo conserva hoje importantes testemunhos da história medieval e moderna de Montemor-o-Novo: troços da muralha, Paço dos Alcaides, Igreja de Santiago, Igreja de S. João, Igreja de S. Maria do Bispo, Torre do Relógio, Porta da Vila, T orre e porta do Anjo, Torre da Má Hora, Convento da Saudação, entre outros.


E por Fim chegamos a Setúbal!!!

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